29.11.09

Freshly made



Tarte de espinafres.
Porque vida não é só cartografias e filmes e relatórios de história. Não é não senhora.

23.11.09

pain in the ass













- deixar crescer a franja
- aulas de história
- pés frios
- segundas-feiras.

21.11.09



Uns preferem a pesquisa, a procura do elemento perfeito, com todas as suas características, sem artifícios, no meio de mil elementos aparentemente iguais, mas todos diferentes. Esses tiram o verdadeiro prazer nessa busca, nessa descoberta constante. Outros procuram a essência, a sintetização do elemento ao que acreditam que puramente o define. E a partir daí criar uma cópia, sempre igual, mas sempre perfeita. Não interessa a origem, mas sim o resultado.
Mas no final do dia (literalmente), o que todos querem é um bom prego no melhor restaurante de Lisboa.






P.S: sou mais alta que a Cláudia Vieira eheheh (ou pelo menos do mesmo tamanho um pedacinho mais!)

18.11.09

Hoje foi o dia.

Catarina - Olha desculpa, podes desligar isso ou pôr os phones se fazes favor?


Pedido e feito.
Simplesmente porque os Kings of Convenience do meu iPod e a minha paciência não combinam com tipos meio a dormir de boca aberta que decidem dar música (por música entenda-se: rap) ao autocarro.

17.11.09

Something's on

Por vezes basta uma pequena coisa estar em ordem, harmonia, para que tudo o resto funcione bem. Como num castelo de cartas ou um jogo de dominós.
Ou um bolo de chocolate. 
Uma carta a menos, uma peça ou a quantidade errada de chocolate, 
por mínima que seja, 
é o suficiente para destabilizar tudo o resto. E frequentemente não nos apercebemos de
o que é que falta 
ou o que está a mais. 
Nem mesmo nos apercebemos da verdadeira razão pela qual estamos bem. 
Como ao andar por Lisboa, com um céu apocalíptico de nuvens enegrecidas, ombros encolhidos pelo frio, mas de mãos e pés quentes e um sorriso quase imperceptível nos lábios de cabelos colados pelo vento. 
Quanto muito apercebo-me que já não me sentia assim há muito tempo. Apercebo-me que há uma ano não era assim.


Não é o todo, mas é com certeza uma grande parte.

14.11.09

O meu casaco amarelo da minha avó

Eu tenho um casaco amarelo que cheira à minha avó. 
Cheira a torradas de pão alentejano com leite quente em copo de vidro. 
Cheira a programas antigos, chocolates e à manta vermelha que ela sempre punha sobre o sofá, ou sobre as nossas pernas. Cheira a tília, ao armário da minha mãe e à antiga carpete cor de rosa. 
Cheira às brincas em círculo no chão, a folhas brancas perfuradas, lápis aguarela e a "cadeiras derrangadas". 
Cheira a bolinhas fresquinhas e bifinhos de perú e ao ligeiro odor a tabaco escapado pela fresta da porta do quarto que tinha sempre a porta fechada.
O meu casaco amarelo cheira ao velho 
que me ia buscar se não acabasse de comer 
e aos pontos de luz que a janela à noite deixava escapar e que me metia medo.
O meu casaco amarelo cheira ao seu cozido à portuguesa e a água quente com açúcar.
Cheira aos avisos constantes sobre o cuidado na passadeira e ao bater de dentes compassado com que assiste às notícias. Cheira a vinte euros para um gelado.

Cheira a pêra, amoras, açúcar e canela.

Cheira a ontem e a amanhã.
A setenta e três anos mais os setenta e três que ainda não o são.
Cheira às suas mãos. 
Ao corpo dela, ao meu e a uma gerbera amarela.

12.11.09

se a carapuça servir

Não é nada agradável ver e sentir o cabo branquinho do meu Mac de duas semanas já não tão depois das pisadelas levadas na corrida para a extensão na aula de Tecnologias. Não é mesmo.

riscado do texto - simples



Não, a melhor invenção da Apple não foi o MacBook, nem o iPod nem o iPhone ou a combinação cmd-alt-4 para captura selectiva de imagem - foi a aplicação das Notas. Eu tenho a minha agenda, mas não é a mesma coisa. E para uma semi-federada-freak-da-organização como eu é um descanso. Sim, entre ontem e hoje consegui fazer tudo isso e ainda comecei a ler um dos quatro textos socrásticos/platónicos que tenho de ler, fiz os meus almoços, fui a pé para casa (são 15 minutos all the way up), cocei a cabeça (literalmente porque tenho de aplicar um produto para a minha calvície prematura),  coloco aqui estas coisas e ainda me besuntei com o meu novo Body Butter de Karité da Body Shop (que por acaso tem um cheiro ligeiro ao creme que os africanos usam para a pele seca. Para aqueles que conhecem sim, refiro-me ao cheiro do Elísio).
Entretanto a Amelie já passa uma noite inteira no meu quarto sem começar a atirar coisas da secretária para o chão. É bonito de se ver, ou neste caso de não se ver, porque não é agradável ter de me levantar as 5h para levar a mademoiselle à marquise para fazer as suas necessidades. E isto foi só nestes dois dias, porque a week list é de uma extensão que nunca mais acaba.

Ando com uma preguiça verbal notável. Juro que amanhã escrevo aqui o que era suposto escrever hoje.
Vou adicionar à lista cinzenta do canto superior direito.

Entretanto acabei o Inverno do Nosso Descontentamento. Sugestões?

11.11.09

wtf?



Se no canto inferior direito estivesse AGAIEME e em vez de Sónia Rykiel estivesse o nome de uma distribuidora de lojas do chinês, não seria a mesma coisa?
Eu adoro a HM, mas isto é assustador.

8.11.09

Don't walk so fast



This is what I always liked about NY.
Make a wish.
Don't ignore what's happening here. We're having some kind of powerful weird alchemy and you have to pay attention when that happens.


What the hell am I doing?






7.11.09

Rise and shine

Acordei com esta mensagem:
"Xim foi extranho sentir a pila do pretu nx minhas nadgas, va dpx falamox ana, bjx david"


Devo avisar o David que se enganou no número?

4.11.09

D






Podia ter optado por outros caminhos. Caminhos eventualmente mais fáceis, mais simples, e que até estão na minha área de interesses. Podia ter optado por Design de Moda, Pintura, podia mesmo ter continuado em Design. Eu não estou de todo a desvalorizar estes cursos nem a sua complexidade ou nível de exigência. Mas não são Design de Comunicação. Em Design de Comunicação temos de perceber de Design, Comunicação Visual e todos os outros sentidos, Psicologia,  Filosofia, História (de Lucy a Picasso), Desenho, Fotografia, Tecnologias, Semiótica (não sei o que é mas espero não perder pela demora), temos de ter uma cultura geral do tamanho do mundo (se não temos passamos a ter!) e saber o Dicionário de Inglês (e de Português também convém) na ponta da língua porque 50% das fontes e recursos utilizados pelos profs e que utilizamos nos trabalhos são in english. E se arranharmos algum espanhol e francês melhor.
Se tivermos sorte, ainda nos calha um professor de Projecto que nos quer enfiar filmes do virar do século (XX) pela goela abaixo, que nos proporciona um exercício mental de descodificação de cada enunciado, que nos envia e-mails literalmente à última hora do dia anterior à próxima aula, e que dá a muitos de nós notícias que dão vontade de fazer queda livre por uma das pequenas janelas da sala, com a naturalidade de quem coça a cabeça. E TER umas aulas de Desenho de cortar os pulsos (mas isso já é uma odisseia pessoal).

Eu sei que é tudo óptimo, fantástico, (não digo giro porque é proibido), enriquecedor e tudo mais. Eu sinto mesmo que já ocorreu uma certa evolução a vários níveis nestes dois meses.... mas eu não sei a quantas ando.

E agora para provar como sou inteligente, em vez de ficar em casa e deitar-me às 22h para acabar de recuperar as horas de sono perdidas desde Sábado, vou ali ao jantar de turma para amanhã estar fresquinha para a aula de História às 9h da manhã.

(reparem como em vez de estar a trabalhar estou aqui.)







©  lukk wilmering

1.11.09

PUM BASTA!

Já chega de coisas ditas e desditas. Já chega de coisas ouvidas. Já chega do que não é e do que se diz que é e que não é. Já chega de mastigar, de contornar, passar por cima, carregar e sublinhar. O que somos? Onde chegámos? Quem somos?


E agora eu, onde é que eu estou?

nobody knows


©  Cathe




Oh the werewolf, oh the werewolf
Comes stepping along
He dont even break the branches where hes gone
Once I saw him in the moonlight, when the bats were a flying
I saw the werewolf, and the werewolf was crying
Cryin nobody knows, nobody knows, body knows
How I loved the man, as I teared off his clothes.
Cryin nobody know, nobody knows my pain
When I see that its risen; that full moon again
For the werewolf, for the werewolf has sympathy
For the werewolf, somebody like you and me.
And only he goes to me, man this little flute I play.
All through the night, until the light of day, and we are doomed to play.
For the werewolf, for the werewolf, has sympathy
For the werewolf, somebody like you and me.





Cat Power - Werewolf